O diabetes compromete o controle dos níveis de glicose no sangue, e está associado a um maior risco de desenvolvimento de doenças nos rins e no coração. No Brasil, o sexto país em incidência no mundo e o primeiro na América Latina, a doença afeta 15,7 milhões de pessoas. Os dados são do Atlas do Diabetes 2021, divulgado pela Federação Internacional de Diabetes (IDF).
Quem convive com a doença renal pode apresentar dificuldades em gerenciar os níveis de glicose no sangue, também conhecidos por glicemia. A hipoglicemia (taxa glicêmica baixa) ou a hiperglicemia (taxa glicêmica alta) são dois fatores que aumentam o risco de morte dos pacientes em diálise. Por esse motivo, o monitoramento constante da glicemia é um requisito fundamental.
Como verificar a glicemia?
O acompanhamento da taxa de glicose é de extrema importância e pode ser feito através de exames de laboratório, nos quais se mede a glicemia (mostra o nível de glicose em um único momento) e a hemoglobina glicada (estima o controle da glicemia ao longo do tempo). Além disso, o controle da concentração da glicemia capilar (gota de sangue da ponta do dedo) em casa, realizado algumas vezes por dia, é muito indicado para garantir o ajuste correto das medições. Para isso, é fundamental seguir as orientações do nefrologista sobre as avaliações em domicílio.
Como controlar o diabetes?
De acordo com a Dra. Eugênia Canziani, Consultora Médica da Fresenius Medical Care,a maior parte dos pacientes em diálise necessita de insulina para o controle do diabetes. “Muitas vezes, é necessário utilizar dois tipos de insulina, um de ação rápida e outro de ação lenta. As insulinas devem ser administradas diariamente, geralmente, em doses fracionadas”.
A especialista recomenda ao paciente com doença renal sempre consultar o seu nefrologista sobre quais medicamentos podem ser usados com segurança. Pois, algumas medicações orais prescritas para o controle do diabetes não devem ser utilizadas por pessoas com doença renal, especialmente, aquelas que fazem diálise.
Há, ainda, a maneira não medicamentosa de controle, pautada pela alimentação saudável e pela prática de atividades físicas. Segundo Raquel Silva, Coordenadora Nacional de Nutrição da Fresenius Medical Care, o ideal é consumir uma variedade de alimentos de todos os grupos alimentares, sempre priorizando os frescos e os in natura.
"A sua dieta deve ser determinada individualmente pelo nutricionista, e precisa se basear nas orientações de quantidades e frequência no consumo dos alimentos. Dessa forma, é possível garantir o equilíbrio entre a sua saúde, as suas preferências e o seu estilo de vida", pontuou.
Confira algumas dicas para manter uma alimentação saudável:
Em caso de dúvidas, consulte um médico de confiança.